16. A Minha Mãe é a Santa Virgem
No hinário O Cruzeiro Universal, o termo escola não é metafórico, “como poderíamos crer, presos a nossas próprias estruturas mentais que nos acostumam a reconhecer como ‘real’ aquilo que identificamos como legítimo, nesse caso, o sistema oficial de ensino”.[96] É feita uma atualização do sentido sociológico de escola, em que a legitimidade do “Mestre Ensinador” se constrói pelo aprendizado com a Virgem Mãe, “o professor aprende e ao mesmo tempo ensina porque aprendeu a obedecer a mando de quem o ordena a ensinar: a Virgem mãe, subordinada ao Pai Eterno”.[97] Oh! Minha Virgem Mãe Assim cantam os versos da terceira estrofe: que essa doutrina corresponde a uma escola espiritual, onde a dimensão religiosa é vivenciada como espaço de aprendizagem e de ensino, e Raimundo Irineu Serra Juramidam é o professor dessa Missão.[98] No hino, Mestre Irineu reafirma seu destino de Mestre Ensinador e anuncia sua feliz obediência à missão de ensinar, divulgada em vários momentos deste hinário. Ao tempo em que alerta para a resistência e desconfiança da irmandade para com os ensinamentos. E eles pouco caso fazem E apregoa as causas de tal resistência: a sedução pelo mundo da ilusão, que leva os irmãos para o lado oposto ao da Luz. Ninguém trata de aprender Mas essa teimosia dos “alunos”, que o levou mais adiante a ameaçar “deixar de ensinar” (hino nº 81 - Professor) não deve ser pretexto para abandonar a Missão, e sim motivo de firmeza: Eu vivo nesta escola
Notas: [96] CEMIN, Arneide Bandeira. O "Livro Sagrado" do Santo Daime. Disponível em http://www.unir.br/~cei/artigo11.html. Acesso em 02 Jul 2002.
[97] Idem, ibidem.
[98] Idem, ibidem.
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